sábado, 1 de outubro de 2011

Ricardinho da Guarda fala em entrevista exclusiva sobre a sua participação no Tahiti


O surfista profissional nativo da Guarda do Embaú, município de Palhoça/SC, Ricardo dos Santos, com apenas 21 anos, já experimentou momentos em sua carreira que muitos levam anos para conseguir e tem representado muito bem nosso país. Começou nas categorias de base, desde a equipe da Associação de Surf e Preservação da Guarda do Embaú (ASPG), depois foi do equipe catarinense (Fecasurf) e da equipe brasileira. Nesse período teve momentos memoráveis. Profissionalizou-se e já está colhendo os frutos de sua dedicação ao esporte. Recentemente teve uma performance excelente nas cavernosas ondas do Tahiti, quando ganhou a triagem da Billabong, seu patrocinador e conseguiu a vaga para disputar com a elite mundial. Fez bonito e só parou na bateria contra o americano dez vezes campeão do mundo, Kelly Slater, que foi o campeão da etapa. Na Guarda do Embaú tem aparecido de relâmpago devido as intensas viagens. Numa dessas paradas, fizemos esta entrevista exclusiva.

1-Você tem tido sucesso em vários eventos e tem aparecido bastante no free surf na mídia especializada do esporte. Você já está sendo reconhecido na rua como o surfista profissional Ricardo dos Santos?

Heheheh... Bom na Guarda do Embaú e nas praias muitas vezes as pessoas me reconhecem. Mas eu acredito que o surf ainda não atinge a todos. Isso possivelmente vai acontecer mais em breve com a evolução do esporte.

2 – Nesse sentido você acha que em algum momento vai ter que optar por competir ou simplesmente fazer o freesurf?

Eu estou tentando me manter feliz no momento. Hoje eu tenho resultado em campeonatos e faço freesurf, não sei se vou ter que escolher uma das duas opções, mas se caso eu tenha que decidir irei avaliar de acordo com o que me deixa mais contente como pessoa e surfista.

3 – Quando garoto ainda eu fiz esta pergunta durante uma entrevista: Você acredita que vai chegar no World Tour? E você foi taxativo que sim. Isso já está acontecendo. Então não tem mais volta?

Quando menos maduros achamos que tudo esta em um único objetivo. Mas a verdade é que chegar no WT tem muitas coisas envolvidas e pra isso não basta só querer vencer, mas sim esquecer parte do que o surf proporciona, que é o verdadeiro espírito da coisa. Continuo focado nos meus objetivos, mas hoje me considero uma pessoa menos egoísta e esses novos pensamentos me deram também novas metas.

4 - Recentemente você teve uma performance excelente no Billabong Pro Tahiti 2011, ganhando o trials e pegando tubos irados durante a competição onde você só perdeu para o campeão da etapa, o dez vezes campeão mundial, Kelly Slater. Como foi esta experiência e o que isso mudou na sua vida?

Vencer em qualquer coisa é ótimo. Nessa viagem foi aonde eu cheguei no topo da minha caminhada até então, por isso foi muito importante e especial. Mas espero que eu possa ter mais momentos como aquele, hehehe Por isso tentei não aprender tudo de uma vez. Também nessa viagem eu me tornei uma pessoa melhor, consegui ver o quanto todos torceram por mim e isso me deixou muito mais maduro para continuar o meu caminho como profissional.

5 – Pergunta que não quer calar: No Tahiti você ficou intimidado por estar lutando contra simplesmente o careca Slater? Vocês chegaram a conversar durante a bateria?

Não. Ele não representava esse cara que todos imaginam que é. Eu não estava nem ai pra ele, e só queria pegar uns tubos. O Kelly é o melhor do mundo e todo mundo já sabe, não adianta nada fica pensando nisso. Eu queria me divertir e pelo que todos puderam ver, ele que demonstrou nervosismo ao vir me marcar no final da bateria. Conversamos coisas normais, nada demais.
6 – Você esteve recente nas Ilhas Fiji. Como foi lá?

Fiji é um dos melhores lugares do mundo. O lugar é mágico e essa foi com certeza uma das melhores viagens da minha vida!

7 – Quais os próximos passos do surfista Ricardo dos Santos?

Vou competir no QS do Brasil e logo depois vou para o Hawaii para mais uma temporada.

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