segunda-feira, 28 de junho de 2010

Poluição zero já!

O internauta Messias Fuentes, da Associação Beira Mar, da Pinheira, está preocupado não somente com os critérios utilizados pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) para a escolha dos locais de coleta das amostras para monitorar a balneabilidade do nosso litoral, mas também com a necessidade de levantar uma bandeira da “poluição zero” nas nossas praias. Ele justifica seu posicionamento: “Não concordamos com a forma de divulgação dos resultados, que podem comprometer toda a extensão de seis quilômetros da Praia da Pinheira. Se, por exemplo, a amostra colhida para análise for efetuada na foz de um riacho sobejamente poluído e apresentar resultado negativo?. E vai além, ”a Guarda do Embaú, por exemplo, nesta temporada de 2010, desde a primeira semana de dezembro de 2009, apresentou sistematicamente resultados negativos e foi classificada como imprópria para banho. Em toda essa temporada, em apenas uma semana o resultado foi favorável. Ora, você é surfista e conhece mais do que ninguém as ondas e a qualidade da água que você mergulha. Se alguém se orientar pelas informações da Fatma, jamais pensaria em conhecer a Guarda do Embaú, pois durante toda a temporada e até hoje, os resultados de monitoramento de balneabilidade têm sido negativos”. E diz mais: “o que sempre defendemos, é que nos casos de praias com extensão que exceda os limites do ponto de coleta, seja apresentado um segundo ponto, assegurando aos interessados uma opção para o seu lazer com segurança, e não a condenação de toda uma região balneária utilizando como referência um ponto contaminado”. Esse tema levantado pelo leitor sempre vem à tona na comunidade da Guarda do Embaú, que reclama dizendo que apenas a frente da Vila, no rio da Guarda, está imprópria para banho, e não a praia, onde quebram as ondas e onde não é feito monitoramento. O fato relevante mesmo é que, seja no rio, no riacho, ou no mar, se houver indício de poluição, ela deverá ser atacada na raiz. Poluição não rima com desenvolvimento sustentável e nem com turismo. A comunidade precisa com urgência pressionar a administração municipal para o início efetivo do tratamento de esgoto na região. Mas a comunidade também deve ter o bom senso e saber que se o cidadão tem um negócio, ele precisa preservar também o que está ao seu redor. Porque até hoje eu ainda não conheci nenhum paraíso com cheiro de esgoto. E a natureza demora em dar resposta, mas quando vem não separa cidadão rico ou pobre, poluidor ou não poluidor. Ela destrói por igual. Então, meu caro Messias, você tem toda a razão, “poluição zero”, e já!

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