quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Onde está o erro?

A Praça do Pedágio instalada na BR-101, que dividiu o município de Palhoça, gerando grande descontentamento na população, mostra o quanto o país trabalha em desarmonia e que planejamento é uma palavra que não existe nas administrações governamentais. Este fato está latente desde a sua instalação e mostra o quanto é contraditória a nossa legislação nas três esferas (Federal, Estadual e Municipal), o que possibilita o faz de conta e a “briga” por quem manda mais.

Na esfera federal, o poder executivo e o legislativo dão mostras de como é fácil ludibriar o cidadão. O executivo fez de conta que executa em prol da população quando sinalizou para a colocação da praça em um local (na divisa de Paulo Lopes e Palhoça) e, em seguida, mudou para onde está.O legislativo esboçou uma reação, mas não passou de puro teatro, pois várias foram as tentativas em votar um projeto de lei que poderia acabar com essa esdrúxula situação.

No âmbito estadual os senhores deputados aprovaram uma lei que isenta o pagamento da taxa do pedágio, mas caiu naquela história de que a rodovia é federal e o estado não pode legislar. Ficou no dito pelo não dito. Aqui, gostaria de abrir um parêntese: o governo do senhor Luís Henrique da Silveira, do mesmo partido do prefeito de Palhoça, Ronério Heiderscheidt, do PMDB, simplesmente lavou as mãos. Não levantou uma palha em favor dos catarinenses. Algo incompreensível.

Para agravar a situação, o município de Palhoça ajudou muito mostrando como não se deve fazer, ou melhor, como aumentar a confusão. O Executivo fez um cadastramento, que foi invalidado. Depois esbravejou e disse que um novo cadastro era preciso, embutindo nele a questão do IPTU e uma série de exigências que inibiu o contribuinte de fazer o cadastro. Mas enfim, prometeu que a partir do dia primeiro de setembro esses “coitados” que enfrentaram as filas seriam isentos. Mas para ser isento, era preciso aprovar uma lei na Câmara. Aí, quando tudo parecia estar resolvido, vêm os senhores vereadores, e que me desculpem, mas demonstrando total insensibilidade e falta bom senso, querendo aparecer nos holofotes, fizeram emendas, que a revelia da urgência, isenta todos os palhocenses. Muito bom, mas só a partir do dia 15 de setembro e pasmem, sem explicar quem vai pagar a conta. Porque não aprovaram a isenção para quem já tinha feito o cadastro e depois resolviam a questão de outra forma?

Bom, aí a pergunta: Onde está o erro? É claro que o erro é nosso. Não fomos nós que votamos nessa gente? Não fomos nós que trocamos os votos por sei lá o quê? Como ousamos agora não acreditar naqueles que nós elegemos? Então ficamos assim, tomando chá de açaí esperando o pedágio cair. Se o leitor preferir, pode tomar chá de cadeira, porque o circo que estaria levantando a lona irá permanecer por aqui, até quando, não sei.

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