terça-feira, 3 de novembro de 2009

Valeu a pena, afinal, surfe e reggae tem tudo a ver!


Todos sabem o horror que é sair da Guarda do Embaú em pleno feriadão, com dias e noites deslumbrantes como neste Finados de 2009, e eu fiz isso. A princípio na dúvida, depois na certeza me preparei para pegar a BR-101 em pleno domingo, para, talvez, uma oportunidade única da minha vida.

O objetivo era nada mais nada menos do que curtir a apresentação do Ki Mani Marley, o filho do Rei do reggae. O convite havia sido feito generosamente pelo Nei e pelo Deivid, os “caras” da Life Club, no norte da Ilha de Florianópolis, que estão apostando numa Ilha mais jamaicana.

Ao sair da Guarda, já na adrenalina, as notícias não eram muito boas: “tem fila na BR”. E isso era por volta das 10 horas da noite. Mas fui. Quando cheguei à saída da praia do Sonho, quase mudei de ideia e fiz a volta. Mas insisti e na descida do Morro dos Cavalos entrei na Enseada do Brito par fugir do excesso de veículos. Na praça do pedágio, para variar, mais fila.

Passando esta fase, ainda fiz um pit stop para o cachorro quente e pegar as caroneiras. Tudo certo, o pior já havia feito. Era por volta da meia noite quando entrei na Life. O reggae já estava bombando com aquelas bandas que fazem o aquecimento.

Mas eu não prestava atenção nas músicas porque estava com a mente nos anos 80, quando íamos às surftrips de Fusquinha ao som do Bob Marley. Momentos inesquecíveis. Parece que eu estava em transe. É o filho do Rei que está aqui. O sangue do reggae jorra no cara. Um jamaicano que tem história para contar. Passaram anos e a saga dos Marley continua.

Quando foi anunciado, a galera foi ao delírio. Com sua voz rouca e estilo de dançar Mi Mani nos fez reviver o passado com aquelas músicas. Seria injustiça com o filho compará-lo ao pai, pois Ki Mani tem, sim, estilo próprio da nova geração do reggae jamaicano, mas a voz é inconfundível, que fez com que cerca de duas mil e quinhentas pessoas fossem ao delírio.

Assistir ao show já era o suficiente, mas tinha mais. Não é que os “caras” me colocaram frente a frente com o herdeiro do Rei do reggae? Pois é, a vida nos reserva cada uma. Confesso que fiquei muito emocionado. Muito simpático Ki Mani atendeu as tietes e aos fãs com muito carinho, assinando camisetas e tirando fotografias, afirmando que adorou fazer o show aqui.

Voltei quase amanhecendo o dia imaginando minhas primeiras vindas para a Guarda do Embaú. Não raro era ouvindo Bob Marley. Não raro também, nas madrugadas. No outro dia, após o show, encontrei mais pessoas na praia que haviam feito o mesmo que eu e também não estavam arrependidas. Valeu a pena, afinal, surfe e reggae tem tudo a ver!

2 comentários:

  1. Dai o Kito Marley
    Sempre com uma historiha na manga, tambem
    passei junto com essa galera escutando Bob,
    até caimos dentro do rio com o fusca marron,talvez era o Bob que tava tocando no aparelho da época o tal rodstar.

    Abraços Luiz Almeida -Ferrugem

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  2. Jah Bless MarcoKito .. www.reggaecollection.blogspot.com

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