A apresentação do documentário “Palhoça Terra de Muitas Histórias”, sob direção de Tatiana Kviatkoski, com o suporte da Prefeitura de Palhoça e do Núcleo de Estudos Açorianos (UFSC), que aconteceu ontem (02), e que antecedeu a abertura oficial da Casa da Cultura Açoriana de Palhoça, localizada num lindíssimo casarão, na Enseado de Brito, resgatou com muita emoção um pouco do sentimento da cultura açoriana do município.
A Casa da Cultura não vai ser apenas referência geográfica e ponto para visitação, ela vai também servir como elo de comunicação entre a região praieira do município, que tem na colonização açoriana forte ligação.
O evento contou com a participação do prefeito de Palhoça e presidente da Federação Catarinense de Municípios, Ronério Heiderscheidt (PMDB), alguns secretários, poucos vereadores, artistas e muito bom público.
Nos bastidores, em conversa com o prefeito, disse-lhe que estava contente, pois além de incentivar a cultura, um tanto esquecida nesses dias, as coisas começam a acontecer no Sul do Município, por isso acredito que estava chegando a hora da Baixada do Massiambu, principalmente as praias mais conhecidas.
De imediato Ronério, como sempre, com a perspicácia que lhe é peculiar, informou que já foi aprovado a verba para o Sul no valor de R$ 195 mil e que a entrada do Rio da Guarda, na beira do rio, onde ficam os canoeiros, vai receber um deck cujo projeto também já está pronto. Ele só não sabe se a execução vai ser este ano.
Noutra roda, o artista plástico Plínio Verani, de São José, mas que adotou a Baixada do Massiambu para viver, perguntou-me se tínhamos esquecido da conversa dobre a estátua do surfista para colocar na Guarda do Embaú. O projeto é antigo e uma aspiração da Associação de Surfe e Preservação da Guarda do Embaú (ASPG) e continua na pauta, apenas esperando o momento certo para que a ação seja executada.
Plínio também falou de uma idéia que pretende colocar em ação para o verão de 2010, sobre, como é feito na Austrália, fazer um encontro de artistas na praia da Guarda do Embaú, quando executarão sua arte ao ar livre deixando-a exposta por cerca de 20 dias, o que de imediato achei um projeto excelente, e, inclusive, coloqui-me à disposição para colaborar.
Quem também vai ser homenageado pela arte de Plínio, é o artista plástico palhocense Jacob Silveira, que vai ganhar uma imagem (estátua) com suas medidas para ficar exposto em algum ponto da Guarda do Embaú, onde Jacob mora.
Outro que está frequente ebulição é Joi Cletison Alves, historiador do Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC. Segundo ele, a UFSC quer continuar a apresentar o documentário recém lançado em outras comunidades, e a próxima deverá ser na Guarda do Embaú.
Só o que não foi explicado foi o sumiço do coquetel a base de ostras que seria oferecido pela prefeitura. Segundo os fofoqueiros de plantão, o evento foi tão prestigiado, que as ostras não seriam suficientes, o que fez com que os organizadores cancelassem o tal coquetel e até levou o prefeito de Palhoça a fazer um convite meio migué, com a rima: "Pessoal, então vamos para o Bar do Amaral". Então tá, o que importa é incentivar a cultura, a barriga vamos deixar para o Lula, no "bolsa família".